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Referência Galeria de Arte em Brasília
O som do tempo

O som do tempo

Artista carioca que trabalha com fotografia, vídeo, objetos e instalação apresenta na Referência Galeria de Arte uma exposição calcada na onipresença dos sons dos sinos que marcam heranças culturais ancestrais

De 4 a 9 de fevereiro, a Referência Galeria de Arte recebe a mostra “O som do tempo”, da artista visual carioca Ursula Tautz. Objeto, fotografias e vídeo compõem a mostra que ocupará a Sala Acervo da Referência. Com visitação de segunda a sexta, das 12h às 19h e sábado, das 10h às 15h, a entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Referência Galeria de Arte fica na 202 Norte Bloco B Loja 11 - Subsolo, Brasília-DF. Telefone: (61) 3963-3501.

A mostra que será inaugurada em fevereiro na Referência apresenta partes da instalação que será realizada ainda este ano no Paço Imperial do Rio de Janeiro. Para Brasília, Ursula traz o múltiplo “O som do tempo”, trabalho criado a partir do projeto de instalação que sintetiza o conceito desenvolvido. A peça síntese é formada por uma redoma de vidro contendo o badalo quebrado e preso, impossibilitado de se mover. A areia dourada em forma de pirâmide nos lembra a ampulheta e também a riqueza de nossas memórias.

Em “O som do tempo”, Ursula Tautz cria uma experiência artística de imersão em nossa história através do badalar dos sinos. Resultado de uma viagem realizada em 2014 à Polônia, terra natal de sua avó materna. Ali, conta, permaneceu hospedada em um convento durante o período de Corpus Christi tendo por companhia constante o som dos sinos. De volta ao Brasil, passou a investigar sobre o instrumento criado na China há pelo menos 4.600 anos e utilizado como meio de comunicação.

Presença constante em países da Europa e das Américas, os sinos no Brasil carregam em si uma herança africana. Foram os escravos que tocaram os sinos que ressoaram pelo Rio de Janeiro quando da instalação da Coroa Portuguesa no Paço Imperial, criando um toque próprio criado pelos negros cativos. Estes sinos até hoje dobram pelo centro da cidade. “Os sinos têm o poder de diminuir o espaço entre passado e presente, em um momento de suspensão”, afirma a artista. Durante o período da mostra em Brasília, serão apresentados ainda trechos dos quatro vídeos de oito horas cada produzidos pela artistas e fotografias.

Encontro com a artista

Durante o período da mostra “O som do tempo”, a artista receberá o público de segunda a sexta, das 14h às 18h, para falar de sua obra, modos de produção e processo criativo. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.

Sobre a artista

Ursula Tautz nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Cursou a ESPM, frequentou oficinas na School of Visual Arts /NY (EUA) e, a partir de 2005, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). Em 2013 integrou o Programa Projeto de Pesquisa, coordenado por Glória Ferreira e Luiz Ernesto. Participou Da Siart Bienal 2018 - Bienal Internacional de Arte da Bolívia em La Paz, e de várias exposições coletivas, como “Monumental Arte na Marina da Glória” com curadoria de Marc Pottier na Marina da Glória/; “Intervenções Urbanas Bradesco ArtRio 2015”. Além das individuais “Frestas por onde Muros escoam” reinaugurando o Jardim da Reitoria da Universidade Federal Fluminense/RJ; “Lugar familiar” no projeto Zip’Up na Zipper Galeria/SP e “Fluidostática” na Galeria do Lago - Museu da República/RJ, curadas por Isabel Portella. Foi também selecionada pelo crítico Fernando Cocchiarale para o “Programa Olheiro da Arte” e finalista do Prêmio Mercosul das Artes Visuais Fundação Nacional de Arte – FUNARTE, com seleção de Luiza Interlenghi, Jorge Luiz Miguel e Izabel Machado da Costa. A artista apresentará a individual “O som do tempo”, no Paço Imperial do Rio de Janeiro.

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Claudio Tozzi

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