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Referência Galeria de Arte em Brasília
Mostra Paralelas

Paralelas | 5 artistas visuais | Novos representados

A galeria de Brasília apresenta os novos artistas visuais que passa a representar em uma exposição coletiva em que o fio condutor é a multiplicidade de linguagens e a extrapolação dos limites da materialidade

Em março, a Referência Galeria de Arte celebra a chegada de novos artistas ao elenco de representados com a abertura da mostra coletiva Paralelas. Participam da exposição os artistas visuais Daniel Perfeito, Fernanda Azou, Léo Tavares, Luiz d´Orey e Osvaldo Gaia.  Em exibição de 10 de março a 23 de abril, a visitação é de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 15h. A entrada é gratuita e a classificação indicativa é livre para todos os públicos. A Referência fica na 202 Norte Bloco B Loja 11, Subsolo, Asa Norte, Brasília-DF. Telefone (61) 3963-3501 e Wpp (55 61) 98162-3111.

Na exposição que a galeria exibe de março a abril, os artistas apresentam seus trabalhos mais recentes em pintura, escultura e técnica mista aplicada a objetos tridimensionais. “O fio condutor da mostra é a ocorrência simultânea de pesquisas poéticas tão diversas quanto as gerações a que pertencem e a suas trajetórias artísticas. Nela, vemos que os artistas exploram, cada um a seu modo, os limites da materialidade”, completa.

Daniel Perfeito – Objetos geométricos

Os trabalhos que Daniel Perfeito apresenta na mostra revelam a investigação artística da relação arquitetônica e psicológica entre o ser humano, a geometria, os objetos construtivos e a urbanidade. Nesta seleção, estão presentes elementos do design gráfico e do desenho industrial, como peças de MDF e placas de acrílico recortadas em máquinas; além de sólidos moldados em pequenas fôrmas cotidianas. A pintura também está presente na narrativa formalista, por meio de detalhes em técnica mista de tinta a óleo e tinta acrílica. A dialética arquitetônica presente entre monolitos e fronteiras é exposta em peças minimalistas, em que o artista apresenta objetos geométricos, espaços, suas relações e vazios. Há um constante ajuste de escala visual e cognitiva, cheios e vazios, público e privado. Além da transformação da matéria inerte, sua pesquisa poética aborda também a mudança do material humano que opera e vivencia o objeto.

Daniel Perfeito vive e trabalha em Brasília. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília – UnB. Em sua carreira, atuou como designer gráfico e estrategista de marcas, trabalhando como consultor do mercado privado e de instituições governamentais. Foi três vezes premiado no Prêmio Colunistas na modalidade Marcas e Design. Foi também convidado para ser professor de Marcas e Design Gráfico do Istituto Europeo di Design – IED. Tem como eixo de sua investigação a linguagem geométrica e construtiva que percorre o Suprematismo, o Neoplasticismo, o Concretismo, a Op Arte e a Arte Cinética.

Fernanda Azou – Pintura

As obras de Fernanda Azou na mostra Paralelas podem ser entendidas como colagens do cotidiano de uma personagem que se confunde com a artista em um paralelo entre real e ficção. Os trabalhos evocam um caráter nostálgico, beirando o onírico, e podem ser entendidos como frames de um filme, o qual cabe ao espectador a formulação da narrativa.

Fernanda Azou é uma artista brasiliense que vive e produz no Núcleo Bandeirante, Distrito Federal. Sua pesquisa surge a partir de observações do comportamento social da geração Y, popularmente conhecida como geração Millennial. Os temas adentram um universo quase distópico, focado em cenas cotidianas e melancólicas, mesclando-as com repertórios da cultura pop. As análises, sempre despojadas de julgamento, visam uma representação ao mesmo tempo crítica e parodiada da juventude brasileira. Já participou de exposições como Delphian Open Call, na Delphian Gallery, em Londres (Reino Unido), Male Nudes, na galeria Mendes Wood DM (São Paulo – SP), Resistência Convergência, na Casa das Onze Janelas (Belém – PA) e Espelho Labirinto, no Centro Cultural Banco do Brasil (Brasília – DF). Em 2019 e 2020, respectivamente, participou do 24º Salão Anapolino de Arte Contemporânea e o 45º Salão de Artes de Ribeirão Preto, nos quais foi agraciada com o prêmio aquisição. Suas obras estão em acervos públicos como Museu Nacional Honestino Guimarães, Museu de arte de Anápolis (MAPA), Museu de arte de Ribeirão Preto (MARP) e Casa da Cultura da América Latina (CAL-UnB).

Léo Tavares – Objetos tridimensionais – Colagens

Os trabalhos de Léo Tavares intitulados “Afectado” e “Incógnito” abordam a narrativa verbovisual por meio da linguagem da montagem. As convergências entre o ver e o ler são investigadas, bem como outras questões que se levantam das relações entre a palavra e a imagem. São ambos trabalhos que exploram o papel dos elementos visuais na composição de uma cena, na potencialização de um sentido, de um estado de espírito ou de uma impressão particular. A cor, mas também a textura, assim como as sombras, a tipografia, a imagem fotográfica e os objetos, condensam-se com as construções literárias. Imagem verbal e imagem física perpassam, em retroalimentação, as problemáticas do tempo e do espaço, do transcorrer e do percorrer. Como tema, circunscreve as cenas melancólicas e horroríficas, puxando um fio condutor que vem das fábulas, a fim de testar as possibilidades poéticas e imaginativas da montagem como procedimento ao mesmo tempo plástico e conceitual.

Léo Tavares nasceu em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, e vive e trabalha no Distrito Federal. É Doutor em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Pesquisa a relação entre a palavra e a imagem. Participou de mostras coletivas no Brasil, em Portugal e na Espanha, e realizou as exposições individuais Não só com as imagens (Aliança Francesa, Brasília, 2018), Jogo de Evocação (Espaço Sala de Estar, Cidade do Porto, 2017) e Narrativas Fronteiriças (Galeria de Bolso da Casa da Cultura da América Latina, Brasília, 2016). É autor dos livros de contos O Congresso da Melancolia (Urutau, 2021), Ruibarbo do deserto (Patuá, 2019) e Os Doentes em Torno da Caixa de Mesmer (Modelo de Nuvem, 2014), prêmio Contista Estreante, pela FestiPoa Literária, de Porto Alegre.

Luiz d’Orey – Pintura

Luiz d’Orey apresenta a série de pinturas "Você tem razão” construída a partir da apropriação de Tweets que constam nos Trending Topics do Twitter. Ao utilizar sistematicamente as postagens que receberam maior engajamento por parte dos usuários da plataforma, ele por via de uma sucessão de print screens (capturas de tela) parece representar as contradições de uma estranha paisagem e suas constantes transformações. Seus elementos não são geográficos ou espaciais, mas os signos e termos com os quais se dão o debate público atual, cuja fragilidade e superficialidade se equiparam a sua velocidade. Outro aspecto significativo dessa série, que extrapola seu esforço quixotesco de observar um fenômeno em incessante e estridente fluxo - é o seu caráter instalativo. Já que, por muitas vezes, a pintura extrapola os limites do chassi para dialogar com a arquitetura, colocando os elementos do ambiente digital, como drop shadow e os pixels em contraste com as idiossincrasias de um espaço real. Nessa série, pela sua vertiginosa sobreposição de conteúdos do mundo físico e do virtual, pela maneira com que geram espirais de extrusão e intrusão, lançando os olhos de dentro para fora e de fora para dentro da pintura, e dentro e fora do ambiente das redes, somos levados a questionar a real separação entre esses campos. Essas pinturas, portanto, visam explorar diferentes instâncias de contaminação.

Luiz d’Orey nasceu em 1993 no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha. Em 2012, mudou-se para Nova York, onde graduou-se bacharel em Belas Artes pela School of Visual Arts em 2016. Durante os quatro anos como aluno na SVA, recebeu os prêmios 727 Award (2016), Sillas H Rhodes Award (2016) e Gilbert Stone Scholarship (2015), e em 2016 foi selecionado para representar a instituição na Pulse Art Fair em Miami. D’Orey trabalhou como assistente dos artistas Carlos Vergara e Raul Mourão. Seus trabalhos participaram de mostras coletivas nos EUA, Europa e Brasil. Realizou sua primeira exposição individual Quase Plano (2017) na Galeria Mercedes Viegas no Rio de Janeiro, e foi sucedida pelas individuais Espaço Comum (2018) na Galeria Dotart em Belo Horizonte, Brasil; Recent Ruins (2018) na Gitler & Gallery em Nova York; Rumor (2019) na Elga Wimmer Gallery em Nova York; e Eu não falei? (2019) na Galeria Mercedes Viegas no Rio de Janeiro, Brasil. Seu curta metragem Tapume, coproduzido com Hugo Faraco, foi indicado para os festivais DOC NYC (EUA, 2018); Melbourne Documentary Film Festival (Australia), 2019), Lviv International Film Festival (Ucrânia, 2019), World of Film International Festival (Escócia, 2019). Em 2019, d’Orey foi indicado ao Prêmio Pipa. Seu trabalho faz parte da coleção do Instituto PIPA.

Osvaldo Gaia – Escultura e desenho

Na mostra “Paralelas”, Osvaldo Gaia apresenta trabalhos cuja materialidade se dá pela união de diversos saberes adquiridos ao longo da vida. O artista afirma que navegou por diversas técnicas artísticas a fim de aprimorar e desenvolver todo o potencial ligado à ancestralidade do povo ribeirinho. Nas composições escultóricas presentes, o fio tece o fluxo da forma, une estruturas e cria espaços de luz. Nos desenhos, com relevo no papel, as cores tonais da terra fazem a representação do tempo deste povo. As formas e cores desgastadas nos fazem refletir sobre o tempo que não é nosso. É um tempo regido pela natureza, onde o equilíbrio, a força e a leveza se fazem presentes. Essa identidade é o que nos conduz aos olhares e saberes da natureza, de uma cena do cotidiano e das cores da mata, que permeiam pela construção de uma canoa, de palafitas, do traçado do paneiro, do acender de uma lamparina e tudo que representa essa cultura.

De Belém – PA, Osvaldo Gaia vive e trabalha no Rio de Janeiro. Escultor, pintor e designer. Sua formação artística foi se constituindo através de pesquisa e experimentações dentro do universo amazônico com elementos que se identificam como estruturas escultóricas, porém num escopo abrangente e perceptível da forma, em relevos, texturas e transparências. Detêm-se conceitualmente em questões sociais, arquitetônicas, econômicas e relacionadas a fluxos, origens, identidades e ferramentas ligadas à vida ribeirinha, de onde tirar sua inspiração sua produção tem forte recorte orgânico, porém de extremo rigor construtivista e grande teor simbólico. Expõe desde 1975, participando de mostras coletivas e individuais no Brasil e exterior, sua produção artística abrange desde pequenos objetos a instalações e intervenções urbanas. Recentemente, foi selecionado para a Bienal das Amazônias 2022.

Serviço:

Paralelas

Mostra coletiva | Daniel Perfeito, Fernanda Azou, Léo Tavares, Luiz d’Orey e Osvaldo Gaia

Esculturas, desenhos, objetos geométricos, objetos tridimensionais e pinturas

Quando | de 10 de março a 23 de abril
Visitação De segunda a sexta, das 10h às 19h  |  Sábado, das 10h às 15h
Onde Referência Galeria de Arte
Endereço | CLN 202 Bloco B Loja 11 – Subsolo - Asa Norte – Brasília DF

 

Agendamentos

Telefone | (+55 61) 3963-3501
Wpp | (+55 61) 98162-3111
E-mail referenciagaleria@gmail.com
Facebook | @referenciagaleria
Instagram | @referenciaarte

O uso de máscara dentro da galeria é obrigatório

Informações para a imprensa:

Agenda KB Comunicação
Contato: Luiz Alberto Osório
E-mailluiz.alberto@agendakb.com.br
Telefone: (61) 98116-4833

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